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Nêga Jurema

Nêga Jurema veio descendo a ladeira

Trazendo na sua sacola um saco de Maria tonteira

E a mulecada avisou a rua inteira:

"vem correndo que a feira já está pra começar"

"Mas olha as núvens esse tempo não ajuda

Pelo menos as minhas mudas eu já sei que vão brotar",

Dizia a Nêga quando vieram os soldados

Se dizendo avisados e começaram a atirar

Pois foi Antônio, filho de José Pereira,

Que no meio da bagaçeira olhou pro cèu e a rezar

Pedia para Santo Antônio, São Pedro ou Padim Cícero

Ou pros filhos do Caniço que viessem ajudar

Foi no pipoco do trovão

Que se armou a confusão e ninguém pôde acreditar

Que aquilo fosse verdade foi por toda a cidade,

Cresceu em todo lugar

Na igreja das alturas, barzinho, prefeitura,

No engenho de rapadura nasceu mato de fumá

E foi com a santa malícia

Que driblou-se a polícia

E fez a guerraacabar

FUMÊ FUMÁ

Não é flor do intestino é um matinho nordestino

Que a senhora vai queimar

Faz um bem pra diarréia para o véio e para a véia,

Faz o morto suspirar

Faz um bem para as artrites, febre ou conjuntivite

Faz qualquer mal se curar

CUMÊ CAGÁ

VIVÊ FUMÁ

São as leis da natureza e ninguém vai poder mudar.

Songwriters

ABRANTES, RODOLFO LEITE GONCALVES DE/CAMPOS, RODRIGO AGUIAR MADEIRA/PEREIRA, JOSE HENRIQUE CAMPOS/CASTRO, FREDERICO MELLO DEPublished by

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