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Refrão De Bolero

Eu que falei: "nem pensar..."

Agora me arrependo, roendo as unhas

Frágeis testemunhas

De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar

Coração na mão, como refrão de bolero

Eu fui sincero

Como não se pode ser

Um erro assim tão vulgar

Nos persegue a noite inteira

E, quando acaba a bebedeira,

Ele consegue nos achar

Num bar

Com um vinho barato

Um cigarro no cinzeiro,

E uma cara embriagada no espelho do banheiro

Teus lábios são labirintos,

Que atraem os meus instintos mais sacanas

Teu olhar sempre distante sempre me engana

Eu entro sempre na tua dança de cigana

Eu que falei: "nem pensar..."

Agora me arrependo, roendo as unhas

Frágeis testemunhas

De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar

Coração na mão, como refrão de bolero

Eu fui sincero, Eu fui Sincero

Teus lábios são labirintos

Que atraem os meus instintos mais sacanas

Teu olhar sempre me engana

É o fim do mundo todo dia da semana

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written by GESSINGER, HUMBERTO

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