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Garganta

Minha garganta estranha quando não te vejo

Me vem um desejo doido de gritar

Minha garganta arranha a tinta e os azulejos

Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar

Minha garganta arranha a tinta e os azulejos

Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar

Vem a madrugada perturbar teu sono

Como um cão sem dono me ponho a ladrar

Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso

Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar

Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso

Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar

Sei que não sou santa, as vezes vou na cara dura

As vezes ajo com candura pra te conquistar

Mas não sou beata, me criei na rua

E não mudo minha postura só pra te agradar

Mas não sou beata, me criei na rua

E não mudo minha postura só pra te agradar

Vim parar nessa cidade, por força da circunstância

Sou assim desde criança, me criei meio sem lar

Aprendi a me virar sozinha,

e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar

Aprendi a me virar sozinha

e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar

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written by FRANCO VILLEROY, JOSE ANTONIO

Lyrics © Universal Music Publishing Group

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